Carro antigo razão ou emoção (Meu Voyage 1982)

 

    Vou contar umas historias sobre um carro que veio para minha família, um voyage 1982, no final deixei algumas fotos, precisa ler para entender as fotos rs! Minha irmã não mora mais conosco, ela havia se mudado para uma cidade maior por conta de emprego, éramos somente nos dois de irmãos. Ela saiu com 18 anos para ganhar a vida, muito  dedicada e pé no chão,    uma certa vez ela havia tirado sua carteira de habilitação, então resolveu fazer uma surpresa para nossa família. Sem nos contar nada, ela comprou um Voyage 1982 e veio com esse carro em um final de semana para nos mostrar, juntamente com um amigo que veio dirigindo. Rapaz, quando nos olhamos o carro estava até filé, e assim nosso primeiro passeio com ele foi em direção a chácara do meu pai. Para chegar na cachara tinha que pegar a BR e fazer um trevo, você não pode acreditar o que aconteceu, o bendito do Voyage desligou bem na hora de atravessar o trevo kkkk. Todo mundo pensando que era minha irmã que não sabia dirigir, mas o danadinho não queria pegar nem com reza brava. Na verdade não era minha irmã que não sabia dirigir. 

    Para fazer a vontade do meu pai, minha irmã resolveu andar 130 km para levar meu velho no sitio do meu avô. Nesta viaje eu não pude ir, então foi somente meu pai, minha mãe e minha irmã, adivinha? O Grande Voyage resolveu da BO na metade do caminho, tiveram que chamar o reboque credo! Assim ficaram 3 dias para conseguir resolver os Bos e voltar para casa. Minha irmã acabou tomando trauma do Voyage e me deu ele de presente para me incentivar  a tirar a carteira de habilitação. La vai eu gastar horrores no carro, eu e meu pai fomos tentar dar um jeito no Voyage, trocamos o assoalho, mandamos dar um banho de tinta, socando grana. Um belo dia, consegui minha habilitação, eu tinha um trio musical e sempre aos domingos íamos tocar na cidade ao lado, cerca de 100km, o que ganhávamos quase tudo ia para o taxi que nos levava rs. Ai um belo dia meus parcas me cantaram, disseram, bora por o Voyage na estrada kkkk. Eu tinha muito medo de pegar ele na estrada, ainda mais que ele estava bem feinho ainda, mais me botaram tanta pilha que resolvi me encorajar. Que deus nos proteja pé na estrada, rapaz quando eu fui podar a primeira carreta em pista simples no Voyage meu coração quase saiu pela boca, muita adrenalina. Se pudessem ver a cara de pânico dos passageiros kkkkk. Mais com fé em deus fui acostumando a pegar a estrada e pegando habilidade. Aos poucos fui arrumando o Voyage, coloquei um sonzinho legal, era um toca fita com entrada auxiliar que dava para ligar o mp5, dava um som top viu. Assim que deu, coloquei película e Carlota, o bichinho estava um charme,  porém cada viaje era um gasto. Te contar que o danado um dia voltado de um show furou o peneu na Br, como eu não tinha experiência e muito medo encostei o voyajão no acostamento de cascalho, o carro não funcionava direito o freio de mão, põe sufoco nisso, tivemos que descarregar o carro para pegar o estepe, tinha bateria, violão e cubo do contra baixo, não podia reclamar de espaço. Outro dia voltando de outro show, pensei que estava com o pneu furado novamente, quando fui olhar tinha arrebentado o rolamento da roda traseira, nem sabia que tinha isso, faltava uns 5 km para chegar na cidade, meus amigos tiveram que descer e ir correndo na frente do carro, por volta da 00:30 horário que agente sempre retornava dos shows, quando eles chegaram correndo no posto na frente do carro, o povo tudo pensou que ia ser um assalto kkkkk. Esse voyagem estava com o para-brisa todo arranhado, quando nos íamos tocar aos domingos, saiamos por volta das 15:30 para chegar quase 17hs, essa hora o sol batia no para-brisas e não dava para enxergar mais nada, que tensão. O Voyage quando parava e estava quente, quase nunca queria pegar de volta, já havia feito varias vezes o motor de partida, para pegar era somente no tranco, quando chovia não tinha o motor de vento para desembaçar o para-brisas, o desembaçador era manual, pano e braço forte. Tivemos varias vezes que empurrar o Voyage na porta do barzinho que tocávamos depois do show, dava uma vergonha lascada, mais no final das contas conseguíamos economizar no taxi. Fui tendo apego no Voyage e cada viaje o que eu ganhava tocando tinha que ir para revisão do carro que nunca acabava. Certa vez o mecânico me falou, rapaz, vc é uma pessoa esforçada, merece um carro melhor, veja o quanto já gastou no seu carro já dava para comprar um quase zero, até o mecânico estava com do de mim rs. 

    Certa vez eu já tinha gastado tanto no carro, que ele estava com motor feito, pintura, assoalho, amortecedor, mas era um Voyage 82 que estava com problemas estruturais. Nesta época ele estava muito bom de mecânica, ele tinha caibro com 4 machas alongado motor ap 1.6 a álcool, bichinho estava macio que nem carro novo, fui fazer três shows no final de semana, tudo correu perfeitamente bem, na hora de voltar passamos no rio claro, bem de tardezinha e fazendo conta iria sobrar uma grana extra para dividir, fizemos muitos planos de tomar uma coca na prainha da cidade e comer uma deliciosa porção de tilapia. Tomamos um banho de rio e fomos concluir a viajem. Meu deus, não rodamos 2km, e  em cima de um viaduto  pista simples, caminhão na frente e atrás o Voyage começou a fazer uns barulhos estranhos, caralho, aguentei firme, expressão de assustado, segurei forte o volante, mais forte que segurava sempre rs. Em cima do viaduto  eu desliguei o Voyage e deixei ele descer no embalo até uma casinha de ônibus que fica na rodovia. Não passava carro nenhum para nos socorrer, tudo parado, então abri o capô, coloquei uma pedra no pneu para o carro não descer, o freio de mão não funcionava rs. Falei para meu parça, vou dar partida e vc tenta ver de onde vem o barulho, para que que fui fazer isso, quando dei partida ele pegou de primeira e começou a fazer barulho e sair fumaça, os meninos começaram a gritar fogo! fogo! eu desliguei imediatamente preocupado em queimar tudo, todos nossos instrumentos, as malas da viajem, catei imediatamente o extintor novinho, e ele desmontou na minha mão kkkk parece brincadeira né, mais por sorte a fumaça parou. O Carro tinha dado curto circuito e derreteu os polos da bateria, agente no meio do nada, não pegava celular e estava começando a cair a noite. Por sorte subimos na casinha de ônibus e conseguimos sinal de telefone para chamar o guincho. La se foi os planos de comer a porção de peixe, tivemos que pagar o guincho, comprar bateria nova e ainda refazer o motor de partida, ficou muitas historias. 

    Um certo ponto o Voyage já tinha arrancado até escapamento no meio da estrada de terra, ele era realmente muito guerreiro. Quando tinha feito o motor dele, havia uma peça que tinha sido colocada errada, fui descobrir com muita insistência, levava para o mecânico e ele dizia que era o eletricista, já estava cansado. Resolvi então tentar arrumar, liguei o carro domingo de manha e tentei verificar de onde era o barulho, parecia ser do alternador, então afrouxei um pouco a correia do alternador e o barulho deu uma sumida, eu fiquei super orgulho, sabe de nada inocente!. To bem na fita arrumei o barulho, falei para os parças, bora tocar novamente, seguimos estrada tudo perfeitamente bem, sonzinho ligado curtindo um reggae rs, chegamos fizemos um ótimo show e bora voltar para casa, segunda trabalhava bem cedo. Na volta, assim que fiz o trevo, mandei o farol alto e cadê o farou, o farol alto estava parecendo farou baixo, logo percebi que a mexida que eu havia feito tinha refletido no mau carregamento da bateria, embora eu ainda não sabia disso. Falei para os parças, gente estamos sem bateria, vamos parar e dormir no carro? Eles optaram em seguir viajem, então bora! Na primeira subida o carro começou a falhar por falta de eletricidade, já passava da meia noite, eu desliguei o farou era noite de lua cheia, estava bem claro, dava para ver as estrelas, quando desliguei o farol, o carro pegou tração novamente  e ainda tinha muito chão pela frente para andar com a luz apagada. Veio uma carreta e me ultrapassou, e  assim que ela passou eu desliguei tudo e fui atrás dela no vácuo para aproveitar a luz que ela emitia pelo caminho, para que que eu fui fazer isso, o motorista pensou que nos éramos  assaltantes rs, e começou a dançar com a carreta no meio da pista rs, tivemos que parar e encostar com muita adrenalina. Parei um pouco, nem podia pensar em desligar o carro, mas com muita fé em deus conseguimos chegar em casa quase 4 da manhã. 

    Um dia o local onde eu trabalhava fechou as portas e eu resolvi me mudar para a cidade onde minha irmã estava, não quis levar o carro pois estava bem velhinho e deixei para meu pai ir para roça. Como ele não dirigia, precisava arrumar motorista para leva-lo. Todos os finais de semana que eu voltava para casa dos meus pais, sempre dava um trato no Voyage, andava com meu pai, e ele achava uma beleza que só, se gabava, falando que o Voyage era top e tudo mais. Uma certa vez,  meu pai  foi na chácara é pediu para o motorista não guardar o carro, disse que ele mesmo ia lavar, detalhe ele nunca lavava, então ele resolveu tentar guardar o carro na casinha que era cheia de bagunça de ferramentas, eu tinha muita dificuldade para guardar lá, exigia muita atenção, não deu outra, meu pai bateu o amado Voyage, desde então eu desgarrei do carro que eu cuidava com muito carinho. Assim o Voyage foi ficando parado, meu pai não arrumava e não queria que ele fosse vendido, depois de uns 5 anos minha mãe resolveu vender por mil reais. O Rapaz levou, mas não voltou para pagar conforme o prometido.  Parecia que meu pai tinha adivinhado, o rapaz andou no Voyage e não trocou o óleo, andou e fundiu o motor e teve coragem de abandonou o carro em uma fazenda onde ele trabalhava perto, parecia até que o Voyage gostava era de andar de guincho. Minha mãe arrumou o guincho para buscar e acabou vendendo o Voyage para o senhor do guincho pelo serviço de ir busca-lo e mais 300 reais rs. Essa foi a historia do carro da família, ficou muitas boas recordações, posso dizer que tem muitas historia para contar rs Vou deixar algumas fotos que retratou os momentos com ele!













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